A Igreja Católica Romana e seu papa fizeram
novamente algo que se desvia drasticamente das Escrituras. No pronunciamento do
Vaticano, o Papa Bento XVI dobrou o número de "pecados mortais" ao
adicionar sete novos pecados à lista original de orgulho, inveja, glutonaria,
cobiça, luxúria, ira e preguiça. Os novos acréscimos incluem poluir o ambiente,
engenharia genética, riquezas obscenas, uso de drogas, aborto, pedofilia e
causar injustiça social.
A doutrina católica tradicional divide os pecados
em mortais e veniais e afirma que os pecados mortais, se não houver
arrependimento, levam ao castigo eterno. Mas como nosso subtítulo declara, a
Bíblia diz que o castigo para o pecado (singular) é a morte espiritual
eterna. Isto significa que do ponto de vista de Deus, os chamados "pecados
veniais" não são diferentes dos "pecados mortais" em relação ao
castigo:
"Eis que todas as almas são minhas;
como o é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que
pecar, essa morrerá." [Ezequiel 18:4; ênfase
adicionada].
Observe que detalhes específicos nem graus são
mencionados — apenas um fato é claramente declarado: Todo aquele que pecar,
morrerá! E sabemos a partir dos ensinamentos de Jesus Cristo no Novo Testamento
que o castigo final para o pecado é a condenação eterna.
O que muitos não entendem é que um único desvio
da perfeição exigida pela santidade e justiça de Deus é PECADO!
Então, quanto mais rápido colocarmos este fato em
nossas cabeças melhor! Você e eu, juntos com todos mais neste planeta somos
pecadores porque nenhum de nós é perfeito. Da mesma forma que contar uma
mentira nos transforma em mentirosos, cometer um pecado bem pequenininho nos
torna pecadores e nos coloca sob a sentença de Deus de morte eterna.
"Alienam-se os ímpios desde a
madre; andam errados desde que nasceram, falando mentiras." [Salmos 58:3].
Contudo, nossa intenção não é entrar em uma
discussão sobre pecado e perdão, porque esse tópico já foi abordado em um
artigo anterior:
"Pecado e Perdão", em http://www.espada.eti.br/p191.asp
Por isso, vamos examinar mais de perto a mais
recente lista de pecados mortais emitida por Roma e observar alguns aspectos
que revelam a direção para onde a igreja está levando seus aderentes fiéis.
Em primeiro lugar, o "novo" pecado de
poluir o ambiente levanta pelo menos uma pergunta teológica importante como
também outras preocupações sobre o óbvio alinhamento com a agenda ambientalista
do movimento "verde" da Nova Ordem Mundial atualmente sendo
implementada por governos em todo o mundo. Uma vez que a Bíblia não menciona o
assunto de poluição diretamente, nem mesmo em princípio, com que autoridade ou
com autoridade de quem o papa recebeu a mensagem que isto agora é um pecado? O
problema ocorre há séculos, então por que tão de repente ele se tornou um
pecado e por que não era pecado no ano passado? Será se Deus mudou de
idéia e avisou o papa para que ele pudesse dar o recado?
"Porque eu, o SENHOR, não mudo;
por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos." [Malaquias 3:6; ênfase adicionada].
"Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e
hoje, e eternamente." [Hebreus 13:8].
"Toda a boa dádiva e todo o dom
perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem
sombra de variação." [Tiago 1:17].
Tudo o que Deus quer que Seu povo saiba sobre
pecado e salvação já está contido nas páginas da Bíblia. E todo aquele que
ousar adicionar ou retirar qualquer coisa sobre este assunto (papas, profetas
da Igreja Mórmon, corpo governante das Testemunhas de Jeová, etc.) serão
julgados com severidade:
"Não acrescentareis à palavra
que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do
SENHOR vosso Deus, que eu vos mando."
[Deuteronômio 4:2; ênfase adicionada].
"Tudo o que eu te ordeno,
observarás para fazer; nada lhe acrescentarás nem diminuirás." [Deuteronômio 12:32; ênfase adicionada].
"Toda a Palavra de Deus é pura;
escudo é para os que confiam nele. Nada acrescentes às suas palavras, para
que não te repreenda e sejas achado mentiroso." [Provérbios 30:5-6; ênfase adicionada].
"Assim diz o SENHOR: Põe-te no
átrio da casa do SENHOR e dize a todas as cidades de Judá, que vêm adorar na
casa do SENHOR, todas as palavras que te mandei que lhes dissesses; não
omitas nenhuma palavra." [Jeremias
26:2 ênfase adicionada].
"Porque eu testifico a todo aquele
que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes
acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas
neste livro; e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia,
Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que
estão escritas neste livro." [Apocalipse
22:18-19; ênfase adicionada].
Em relação ao novo pecado de "riquezas
obscenas", devemos perguntar em que ponto a riqueza se torna obscena? Quem
ou o que determina esse ponto e sobre que autoridade isto se baseia? Um
repórter de um programa de notícias da rede ABC, o "Nightline" (em 10
de março de 2008), aproveitou a oportunidade enquanto discutiam a lista de
pecados adicionais para dar uma alfinetada na opulência e grande riqueza da
própria Igreja Católica! Afinal, quem tem telhado de vidro não deve atirar
pedras nos outros!
Depois vem o pecado de "causar injustiça
social". Quem definirá o que significa e qual o ponto preciso em que isso
será violado? Quem fará o mesmo para as riquezas obscenas e para a poluição do
meio ambiente? Resposta: A Igreja Católica Romana com base em sua própria
autoridade e não na da Palavra de Deus.
E a engenharia genética? Embora seja verdade que
brincar com a natureza tem o potencial para grandes erros éticos e morais, será
que é necessário jogar fora o bebê com a água declarando que todo o campo de
estudo deve ser condenado? Novamente o Vaticano assume autoridade sobre um
princípio que não é tratado na Bíblia.
E em relação ao "uso de drogas",
presume-se que isto esteja relacionado ao uso ilegal — algo que concordamos que
é definitivamente comportamento pecaminoso. Mas você pode apostar que a
Igreja Católica Romana não irá incluir nesta lista o abuso de álcool! Qual
é a diferença essencial? A não ser que as estatísticas tenham mudado
drasticamente nos últimos anos, o abuso de álcool continua no topo da lista no
que concerne às perdas financeiras para as empresas. Diz-se que as empresas
americanas têm hoje aproximadamente $134 bilhões em perdas de produtividade a
cada ano. Alcoólatras e pessoas com problemas com bebida faltam de 4 a 8 vezes
mais do que os funcionários que não têm esse problema. Quando vão trabalhar, os
que abusam de substâncias são 33% menos produtivos. Além disso, até 40% das
fatalidades industriais podem ser ligadas ao abuso de álcool. Entre 38 e 50% de
todas as reclamações trabalhistas estão relacionadas ao abuso do álcool. Por
que, então, este problema não deveria ser qualificado como tão pecaminoso
quanto o abuso de outros tipos de drogas? Este é apenas um exemplo de como a
Igreja Católica Romana falha na condenação de pecados.
Um exemplo perfeito da igreja católica romana não
fazer o suficiente, na realidade, fazer muito pouco e tarde demais é a
pedofilia — o abuso sexual de crianças. Porque como muitos sabem, houve um
escândalo mundial sobre os padres católicos molestarem crianças nos últimos
anos e ainda assim, o papa, só agora decidiu que tal comportamento é um pecado
mortal! Novamente precisamos fazer uma pergunta óbvia: por que não era
considerado pecado mortal no passado?
Finalmente, chegamos ao pecado do aborto. Embora
seja notório que na vasta maioria dos casos, o aborto não é nada mais de que
assassinato legalizado, há alguns casos — como terminar com a vida do bebê de
forma a salvar a vida da mãe — quando não é pecado. É matar sim, mas não
é assassinato, porque as Escrituras fazem distinção entre as duas coisas. O
mandamento de Deus "Não matarás" claramente se refere à uma proibição
contra o assassinato pois, em muitas circunstâncias Ele direcionou o Exército
de Israel a matar homens, mulheres, e crianças. O rei Davi, também, instruiu
seus homens a matarem pessoas específicas sem sofrer reprovação de Deus. Por
isso, neste caso, como em muitos outros, o Vaticano vai além do que é ensinado
na Bíblia.
Por isto, gostaríamos de dizer para os bons
católicos em todo o mundo que não somos seus inimigos e grandemente nos
aborrece que haja uma tão grande ambigüidade por parte de sua liderança
espiritual. Eles estão literalmente inventando regras conforme a necessidade (o
que sempre fizeram ao longo dos séculos) de forma a manter as pessoas em um
estado perpétuo de medo e servidão. É por isso que o Senhor Jesus Cristo
teve isto a dizer sobre os fariseus, o equivalente na era neotestamentária da
hierarquia papal e seus sacerdotes:
"Em vão, porém, me honram, ensinando
doutrinas que são mandamentos de homens." [Marcos 7:7].
Ele também disse algo referente à autoridade
sacerdotal que você precisa considerar:
"E a ninguém na terra chameis vosso
pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus." [Mateus 23:9].
O amor a Jesus Cristo é o que impulsiona o cristão
a obedecer aos Seus mandamentos, enquanto que incutir medo é o modo
característico do sacerdócio operar! Sempre que
homens pecadores se colocam em uma posição de exercer autoridade espiritual
ilimitada sobre os outros, eles sempre tomam passos para assegurar que esse
poder permaneça intacto. A ameaça de excomunhão/condenação eterna para qualquer
um que ousar questionar essa autoridade continua a ser uma arma excelente! (Os
católicos romanos com certeza não são os únicos a cometerem esse erro, pois os
mórmons têm o mesmo problema.)
Todos os que verdadeiramente colocaram sua fé no
sangue derramado de Jesus Cristo para salvá-los do castigo do pecado, foram
perdoados por Deus Pai e nunca serão colocados no que o sistema jurídico chama
de "ameaça de novo julgamento". Esse fato maravilhoso acaba
completamente com a "Espada de Dâmocles" que a hierarquia religiosa
quer segurar sobre a sua cabeça de forma a mantê-lo cativo e amedrontado aos
caprichos dela.
O caso em questão envolve a necessidade de
arrependimento dos chamados pecados mortais se alguém quiser entrar no céu
quando morrer. Essa exigência repetitiva, junto com o Confessionário e uma
miríade de outras cargas relacionadas que não encontram absolutamente base
alguma nas Escrituras, são tornadas nulas e inválidas em Jesus Cristo!
Arrepender-se de seus pecados é uma parte necessária do novo nascimento, mas no
que se refere à salvação eterna, o arrependimento é exigido uma única vez.
Daí em diante, os pecados que um cristão vier a cometer (certamente vamos
continuar a pecar) são cometidos contra um Pai Celestial e não contra o Juiz
Supremo do Universo. O arrependimento será necessário para que permaneçamos
caminhando em comunhão perfeita com nosso Salvador, mas nossos fracassos em
assim o fazer, não têm impacto algum em nossa posição em Cristo. A diferença é
devido ao fato de que o castigo é punição para filhos desobedientes, não
condenação eterna!
"Porque o Senhor corrige o que ama,
e açoita a qualquer que recebe por filho." [Hebreus
12:6].
Então, ponha de lado qualquer animosidade ou
desconfiança que possa ter sobre esta mensagem e pergunte a si mesmo se você realmente
confia em qualquer outro que não seja Jesus Cristo para criar as regras sobre
se você irá para o céu ou não quando morrer. Você realmente acredita que
qualquer mortal ou grupo de homens deveria ter esse tipo de autoridade?
Posso assegurar que a Bíblia claramente ensina que não! Por isso,
amorosamente o encorajo a estudar as Escrituras do Novo Testamento e pedir a
orientação do Espírito Santo enquanto você tenta discernir a verdade.
"E conhecereis a verdade, e a
verdade vos libertará." [João 8:32].
Extraído do site www.espada.eti.br
Autor: Pr. Ron Riffe