segunda-feira, 7 de novembro de 2011

PASTOR JOEL SANTANA SE RETRATA




      Já ouvi muitos evangélicos dizerem que a Igreja Católica é uma igreja errada. Eu também já falei essa besteira. Hoje, porém, venho a público para me retratar, e o faço através do presente artigo que o caro leitor ora me confere a honra de apreciar. Sim, hoje eu penso diferente. Mas, antes de provar que os evangélicos estão equivocados por dizerem que a Igreja Católica é uma igreja errada, vejamos em que eles se apóiam para dizerem essa bobagem; ou seja, vejamos o que os levou a essa equivocada conclusão.

I. QUE LEVOU OS EVANGÉLICOS  A ESSA EQUIVOCADA CONCLUSÃO?

      O que leva os evangélicos a dizerem que a Igreja Católica é uma igreja errada, é o seguinte: Tanto a Igreja Católica, como as igrejas evangélicas, pregam que existe o Inferno, de onde nunca sairão os que lá entram. Ambas pregam também, que existe o Céu, a eterna e ditosa morada de todos os que se salvarem. Mas, sobre como ir para o Céu, há divergência entre católicos e protestantes. Os evangélicos crêem que os que morrem com todos os pecados perdoados, vão, na hora, para o Paraíso Celestial. Já a Igreja Católica ensina que não basta estarmos perdoados por Deus para entrarmos no Céu. Segundo ela, o perdão dos pecados não anula a sentença, mas tão-somente diminui a pena; e que, portanto, os que morrem na graça e na amizade de Deus (ou seja, perdoados pelo menos de todos os pecados graves), não entrarão no Céu antes de: 1º) cumprir a pena devida pelos pecados graves já perdoados, caso não a tenham cumprido antes da morte; 2º) expiar seus pecados veniais (ou menores), que por acaso, não tenham sido perdoados; 3ª) purificar-se do prejudicial apego acarretado pelos pecados (veniais e graves) perdoados, tornando-se perfeito. Ela prega que existe a possibilidade do cristão obter a santidade necessária para entrar no Céu, ainda nesta vida. E observa que, caso o perdoado não atinja este objetivo aqui na Terra, passará, após a morte, por um período de purificação (período este que varia de pessoa para pessoa), até tornar-se perfeito. Somente depois de alcançar estes alvos, é que o perdoado se habilitará a desfrutar da bem-aventurança eterna, isto é, só então sairá do estado de purificação chamado purgatório, e entrará no Céu.
      Ainda diferentemente dos evangélicos, a Igreja Católica proclama também que ela dispõe de um expediente chamado indulgência. Há, segundo ela, dois tipos de indulgências: a indulgência parcial, que diminui a pena que o perdoado tem de cumprir antes de entrar no Céu; e a indulgência plenária, que elimina todas as marcas deixadas pelos pecados perdoados. Portanto, caso o perdoado morra imediatamente após receber uma indulgência plenária, não terá - segundo os clérigos católicos - que cumprir (no que diz respeito aos pecados perdoados e indulgenciados) nenhuma pena no além-túmulo; podendo, portanto, ir direto para o Paraíso Celestial, se é que já tenha se tornado perfeito. Porém, aquele que, mesmo tendo morrido com todos os pecados graves e veniais perdoados, mas sem cumprir a supracitada pena (ou sem uma indulgência plenária), e sobretudo, sem atingir a perfeição, permanecerá por um tempo no purgatório até galgar o patamar que o habilite ao usufruto da bem-aventurança eterna no Céu. E, enquanto o perdoado estiver purgando no além, as esmolas, rezas, missas e outros sufrágios em favor de sua alma, efetuados pelos vivos, contribuirão para reduzir o seu tempo de espera no purgatório.

II. VEJA AS PROVAS
      As cópias abaixo têm por objetivo provar que as declarações acima são verdadeiras:

Primeira prova:“A indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados ... “A indulgência é parcial ou plenária ...
“O perdão do pecado e a restauração da comunhão com Deus implicam a remissão das penas eternas do pecado. Mas permanecem as penas temporais do pecado...
... “todo pecado, mesmo venial, acarreta um apego prejudicial às criaturas que exige purificação, quer aqui na terra, quer depois da morte, no estado chamado purgatório” (Catecismo da Igreja Católica. Petrópolis: Vozes. 1993, p. 406 a 407 [Grifo nosso).
“Desde os primeiros tempos, a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios em seu favor, em especial o sacrifício eucarístico"... (Catecismo da Igreja Católica. Op. cit., p. 291);

Segunda prova: “A Igreja recomenda também as esmolas... em favor dos defuntos” (Ibidem, p. 291);

Terceira prova:“O pecado, mesmo que você se confesse, ou se arrependa, sempre deixa uma marca, e a indulgência é isso: tirar essa marca” (Padre Marcelo Rossi, jornal O Globo, 02 /01/2000);

Quarta prova:“... Para obter a indulgência... o fiel necessita antes se confessar e ser sacramentalmente absolvido...” (Ibidem, Bispo Dom Fernando);

Quinta prova: "Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida a sua salvação eterna, passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrarem na alegria do Céu" (Catecismo da Igreja Católica, op. cit., p. 290);

Sexta prova: O Concílio de Trento sentenciou:“’Se alguém disser que, depois de receber a graça da justificação, a culpa é perdoada ao pecador penitente e que é destruída a penalidade da punição eterna e que nenhuma punição fica para ser paga ou neste mundo, ou no futuro, antes do livre acesso ao reino ser aberto, seja anátema’ Seção VI” (Citado por OLIVEIRA, Raimundo F. de. Seitas e Heresias, Um Sinal dos Tempos. Rio de Janeiro: CPAD, 9 ed. 1994, p. 25);

Sétima prova:“O escritor católico Mazzarelli”, [fez menção ao que ele chamou de] “pecados mortais absolvidos, mas não plenamente expiados” (Ibidem, p. 23. Grifo nosso);

Oitava prova: O Papa Pio IV disse que vão para o purgatório as seguintes pessoas: 1) “os que morrem culpados de pecados menores, que costumamos chamar veniais, [...] sem que se tenham arrependido dessas faltas ordinárias [...]; 2) “Os que, tendo sido [...] culpados de pecados maiores, não deram plena satisfação deles à justiça divina (A Base da Doutrina Católica Contida na Profissão da Fé)” (Ibidem, grifo nosso). Observação: Morrer culpado de pecados maiores (isto é, pecados graves ou mortais, segundo a fé católica), sem dar “plena satisfação deles à justiça divina”, equivale a dizer (de acordo com o Catolicismo) que a pessoa morreu perdoada, mas, ou sem cumprir a pena devida pelos pecados já perdoados, ou sem uma indulgência planária; e, sobretudo, antes de se tornar perfeita. Esta conclusão é óbvia, pois já provamos que os Padres também pregam que o Inferno existe, e que os que morrem sem ser absolvidos de seus pecados graves, não vão para o purgatório (que é temporário), e sim, para o Inferno (que é eterno). Sim, provamos isso, pois na primeira cópia acima efetuada consta que o Catecismo da Igreja Católica fala das “penas eternas do pecado” (Grifo nosso). Além disso, consta do referido Catecismo da Igreja Católica que “O Pecado grave priva-nos da comunhão com Deus e, conseqüentemente, nos torna incapazes da vida eterna; esta privação se chama ‘pena eterna’ do pecado” (Catecismo da Igreja Católica, op. cit., p. 406);

Nona prova:“Purgatório [...]. Lugar de purificação das almas dos justos antes de admitidas na bem-aventurança” (Novo Dicionário Aurélio. Grifo nosso). Logo, não é qualquer um que vai para o purgatório. Lá é lugar de justos;

Décima prova: Certo Padre definiu o purgatório assim: “[...] estado médio das almas, sofrendo por certo tempo em expiação dos seus pecados [...](Novo Testamento católico, traduzido pelo Monsenhor Vicente Zioni, editado pela Pia Sociedade de São Paulo, em 1950, e comentado pelo Padre Euzébio Tintori, página 418, grifo nosso);

Undécima prova: Dissemos há pouco que, segundo a Igreja Católica, só vão para o Céu, sem passar por uma purificação póstuma no suposto purgatório, os que, ainda nesta vida, conseguem se tornar perfeitos. E agora, veja a prova: [...] “se alguém morre [...] portador de resquícios do pecado, como são as impaciências, as maledicências, as omissões [...], essa pessoa poderá ver Deus face a face? [...]. A lógica nos diz que não; [...]. [...] é possível extinguir toda raiz do pecado existente em nós? [...] Respondemos que sim; é possível e necessário. É o próprio São João quem no-lo diz em 1Jo 3, 2s [...]: ‘E todo aquele que nele põe esta esperança, torna-se puro como ele é puro’. [...] o sermão da montanha (Mt 5-7) nos incita a procurar sempre mais a perfeição, dizendo até: ‘Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito’ (Mt 5, 48). [...] ‘E se o cristão não conseguir erradicar toda raiz de pecado até a hora da passagem para a outra vida, que acontecerá?’ [...] Deus, em sua misericórdia, concederá uma chance póstuma de purificação, que é precisamente chamada ‘o purgatório’ ” (BETTENCOURT, Estêvão Tavares. Católicos Perguntam. Santo André: O Mensageiro de Santo Antônio. 2004, pp. 139-141);

Duodécima prova: Já fiz constar que o Padre Bettencourt asseverou que só vão direto para o Céu quando morrem, os perdoados que, ainda nesta vida, conseguem se tornar perfeitos; doutro modo, o purgatório se torna inevitável aos perdoados. Contudo, vejamos mais uma demonstração de que realmente ele crê nisso: “Nossa oração pelos mortos [...] tem em vista aqueles que partiram convertidos ao Senhor, mas ainda carregados de certas incoerências ou impurezas (caso que, aliás, parece ser bastante freqüente)” (Ibidem, p. 141. Grifo nosso). Claro que sim, senhor Bettencourt, bastante freqüente, e nunca foi diferente, pois “todos tropeçamos em muitas coisas” (Tg 3.2), não é mesmo? Quem não peca, não é, senhor Estêvão? E o Padre Estêvão, quanto à sua crença na possibilidade de alcançarmos a perfeição ainda nesta vida, e, por conseguinte, sermos dispensados da purificação póstuma no purgatório, não está só, pois consigo está o alto clero católico. Eis a prova: “Uma conversão que procede de uma ardente caridade pode chegar à total purificação do pecador, não subsistindo mais nenhuma pena” (Catecismo da Igreja Católica, p. 406, op. cit.). Sim, segundo o catolicismo, ao atingir esse patamar, o pecador não terá mais que cumprir qualquer pena, visto que então ele já terá cumprido-a, quer através de boas obras e/ou sofrimentos suportados pacientemente, quer através de uma indulgência plenária. Além disso, ter-se-á também atingido a perfeição;

Décima terceira prova: Os famosos pesquisadores e apologistas evangélicos norte-americanos, John Ankerberg e John Weldon, transcreveram de um Catecismo Católico em inglês, o seguinte: “qualquer pessoa que seja algo menos que perfeita deve ser primeiro purificada antes que tenha direito ao céu” (ANKERBERG, John; WELDON,  John. Os Fatos Sobre o Catolicismo Romano. Porto Alegre: Chamada da Meia-Noite, 1993, p. 42).

III. QUAL É O ARGUMENTO DOS EVANGÉLICOS?

      Bem, já demos os seguintes passos: 1) Vimos que há controvérsia entre católicos e evangélicos a respeito dos que morrem com todos os pecados perdoados; 2) demonstramos em que consiste a dita controvérsia; e 3) provamos que de fato a Igreja Católica prega o que dissemos nos dois parágrafos que constituem o primeiro tópico deste artigo. Agora, vamos dar mais um importante passo, isto é, vamos ver como os evangélicos retrucam as doutrinas católicas acima expostas. Vamos ver o que os levou à equivocada conclusão de que a Igreja Católica é uma igreja errada. Eles, os evangélicos, alegam o seguinte:
a) “uma vez que a Igreja Católica prega que não basta estarmos perdoados para entrarmos no Céu, então ela é uma igreja errada;
b) “Para entrarmos no Céu, basta-nos o perdão que Deus nos dá;
c) “para o pecado perdoado, não há pena alguma a ser cumprida, visto que perdão e cumprimento de pena são termos incompatíveis entre si;
d) “não é preciso atingirmos a perfeição nesta vida, para irmos direto para o Céu, ao morrermos, visto que se isso fosse verdade, ninguém iria direto para o Céu, já que a Bíblia diz que todos nós pecamos (1Jo 5. 8,10; 2Cr 6.36; Tg 3.2). Morrer antes de atingir a perfeição, não é algo apenas 'bastante freqüente', como o supõe o Padre Estêvão, mas sim, algo inevitável a todos os humanos;
e) “as almas dos verdadeiros cristãos que já partiram desta vida, não estão aguardando maior purificação para, então, adentrarem à presença de Deus, visto que já partiram desta vida cem por cento purificados mediante o perdão que nos é dado por meio do sangue de Jesus, vertido por nós na cruz;
f) “realmente, só os perfeitos podem entrar no Céu, mas na hora em que Cristo voltar para arrebatar os cristãos ao Céu (Jo 14. 1-3; 1Ts 4.13-17), ou quando nós formos ao seu encontro através da morte, o Espírito Santo eliminará de nosso ser a natureza pecaminosa, também chamada de pecado original (Rm 8.11; Fp 3.21; Ap 14.13; 1Co 15. 51-52). E é essa depuração futura, que será tão instantânea quanto o é hoje o perdão, que nos habilitará a vermos Deus face a face, tão logo partamos daqui, seja através da morte, seja através do arrebatamento da Igreja. Sim, todo aquele que está perdoado de seus pecados, está pronto para entrar no Paraíso Celestial, tão logo morra, ou tão logo Cristo venha nos arrebatar ao Céu. Assim como, imediatamente após o arrebatamento da Igreja, os cristãos não irão para uma ante-sala do Céu (purgatório?), para ali purgar suas imperfeições, mas prontamente adentrarão na Glória, de igual modo, quando morre um servo de Deus, sua alma voa direto para o Paraíso Celestial.  Quem não crê nisso, não crê no Evangelho; quem não prega isso, não prega o Evangelho; quem nega isso, nega o Evangelho; e quem, embora pregando algo diferente disso, alega estar pregando o Evangelho, está mesmo, é vendendo gato por lebre; 
g) “não existe esse negócio de pena devida pelos pecados já perdoados, indulgência parcial, indulgência plenária, tornar-se perfeito ainda nesta vida, purgatório, missas e esmolas pelos que padecem no suposto purgatório, etc. O purgatório do verdadeiro cristão é o sangue de Jesus. Concluímos, pois, que a Igreja Católica é uma igreja errada”.
      Mas em que se baseiam os evangélicos para fazerem a exposição acima? A resposta é: Eles crêem que se baseiam na Bíblia. Alegam estar apoiados nos seguintes textos bíblicos:
Romanos 8:1: “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus...”;
2Coríntios 5:17: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”;
Lucas 23: 43: “E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso”. Comentando este último versículo, os evangélicos argumentam assim: [...] “o fato de o ladrão mencionado no contexto de Lucas 23: 43, não necessitar de purgatório e indulgência para se salvar, podendo ir para o Paraíso naquele mesmo dia, prova cabalmente que, para entrarmos no Céu, basta-nos o perdão que Deus nos oferece em Cristo, visto que o restante é da competência do próprio Cristo. Os perdoados sofrem, sem dúvida, as conseqüências físicas do pecado, tanto do pecado original, como das culpas pessoais: doenças, envelhecimento, morte, danos patrimoniais e morais, etc., como ocorreu a Davi, o qual, mesmo estando perdoado, amargou inúmeros sofrimentos neste mundo; ou, ainda, como ocorreu aos apóstolos, os quais, mesmo estando perdoados por Deus, continuaram sujeitos às mazelas já citadas: envelhecimento, doenças, morte, etc. Mas tão logo morre um perdoado, a sua alma voa imediatamente para o Paraíso Celestial”.
      Vimos nos três tópicos acima, uma das doutrinas da Igreja Católica, da qual divergem os evangélicos, por cujo motivo concluíram que a Igreja Católica é uma igreja errada. Vimos também, que eles recorrem à Bíblia, no intuito de provarem que estão com a razão. E sem dúvida, o leitor notou que o argumento deles, embora errado, é, aparentemente, certo. Um leitor desavisado pode, facilmente, ser desencaminhado por essa sutileza. É a mentira travestida de verdade. Todavia, partamos agora ao próximo tópico deste texto de minha lavra, e vejamos, sem mais delonga, o que me levou à presente retratação.

IV. O PORQUÊ DE MINHA RETRATAÇÃO

      Bem, vimos acima uma das razões pelas quais os evangélicos sustentam que a Igreja Católica é uma igreja errada: ela nega que o perdão nos basta. Ademais, informei desde o início destas linhas, que eu também pensava assim, e que me retrato. Agora, porém, chegou o momento de eu expor o porquê de minha retratação. Por que passei a discordar do fato de os evangélicos dizerem que a Igreja Católica é uma igreja errada? O leitor vai se assustar, pois o motivo de minha retratação é muito forte e convincente. Posso falar? Você está preparado para receber esta informação? Como está o seu coração? Tudo bem com você? Se sim, então fique sabendo, uma vez por todas, que o motivo de minha retratação é o seguinte: Uma instituição que nega a totalidade, a instantaneidade, e a plena e imediata eficácia e eficiência do perdão que se obtém pela fé no sangue de Cristo, como o faz a Igreja Católica, chegando ao cúmulo do absurdo de dizer que não basta estarmos perdoados para entrarmos no Céu, não é uma igreja errada, nem tampouco uma igreja certa; ela simplesmente não é Igreja, na definição teológica deste termo. Pensando bem, a verdade é diametralmente oposta ao que os evangélicos andam alardeando por aí. Eles acham que a Igreja Católica é uma igreja errada, mas a verdade é outra. Igreja errada é a nossa. O conjunto das igrejas evangélicas, são uma Igreja errada pelas seguintes razões: Primeira: Somos a Igreja, visto não negarmos o principal pilar da fé cristã: a totalidade, a instantaneidade, e a plena e imediata eficácia e eficiência do perdão, mediante a fé no sacrifício de Jesus; segunda: não somos perfeitos. Ora, a soma dessas duas afirmações nos leva à conclusão de que nós, e não os católicos, constituímos a Igreja errada. Isto significa que a acusação dos evangélicos contra a Igreja Católica, cai como uma luva sobre nossas igrejas. E em hipótese alguma se ajusta à Igreja Católica. O tiro saiu pela culatra. Nós, os evangélicos, somos, comprovadamente, a tradicional Igreja errada, fundada por Jesus de Nazaré há quase dois mil anos. Mas a Igreja Católica deve ser poupada dessa infundada acusação, que há séculos os protestantes lançam sobre ela. “Retrato-me”, pois, e peço “perdão” aos católicos. Estamos "errados", meus irmãos evangélicos, e temos que dar as mãos à palmatória, considerando que para que a Igreja Católica pudesse ser uma igreja errada, ela teria que satisfazer duas exigências: 1ª) Ser Igreja; 2ª) ter lá suas falhas. Mas, desses dois requisitos, ela só satisfaz o segundo, isto é, ela tem lá suas falhas (E como tem!). A primeira, não. E, por conseguinte, não é Igreja certa, nem tampouco Igreja errada. Repito: Ela simplesmente não é Igreja. Ela não tem nada a ver com a Igreja.

V. ELUCIDAÇÃO

      A ironia que constitui o presente texto, destina-se a levá-lo à reflexão. Seja você católico leigo, ou membro do clero, pare, pense, mude de direção, e siga rumo ao Céu!
       Deve estar claro ao leitor, que eu, muito longe de me retratar, ombreio aqueles que reconhecem que o Catolicismo é falso. O título deste trabalho é um exagero proposital. Este exagero é irmão da hipérbole, e não passa de uma estratégia para induzir os leitores católicos e simpatizantes a ler todo o artigo, para, deste modo, entender bem que eles estão levando gato por lebre. Além disso, um dos meus alvos é armar os irmãos em Cristo, para a guerra contra Satanás; e, para tanto, preciso que me leiam também. E a estratégica epígrafe deste artigo, bem pode servir de isca para que estes também me leiam.  Deste modo, o ponto alto deste texto é: Os verdadeiros evangélicos dizem em uníssono que a Igreja Católica é errada, é falsa, etc. E eu, embora sem discordar disso, ironizo, tachando isso de "besteira", "bobagem" e "equívoco" para, deste modo, enfatizar que essa seita é mais errada do que geralmente se pensa; já que a maioria dos evangélicos não conhece todas as artimanhas desse paganismo disfarçado de Cristianismo, que, impropriamente, se auto-intitula Igreja. O que eu quis dizer, ao afirmar que os evangélicos estão falando besteira, quando dizem que a Igreja Católica é uma igreja errada, é que isso é nada, aos olhos dos que estudam essa seita com profundidade, como é o caso deste articulista. Logo, quando na INTRODUÇÃO chamei de "besteira" e "bobagem" o fato de nós, os evangélicos, dizermos que a Igreja Católica é uma igreja falsa e errada, estava apenas armando meu stand para a exposição da verdade de que essa "igreja" está tão longe do padrão divino, que tachá-la de igreja falsa, está aquém do devido. É como se eu dissesse que isso é apenas meia-verdade, de tão errada que ela é.
       Caro leitor, não sei se você diverge dos evangélicos, sobre o que dizemos acerca do conceito católico a respeito perdão. Porém, seja como for, o seu ponto de vista tem que ser respeitado. Apenas sugiro, se você me permite, que você estude a Bíblia e apóie sua opinião nela. E se você já estudou as Escrituras Sagradas, e concluiu em sua mente que de fato, o perdão que Deus nos oferece nos habilita ao Céu na hora, saiba que então você não é católico. E talvez você até seja evangélico e não saiba. Em caso positivo, não viva mais como um peixe fora d’água. Saia da Igreja Católica às pressas, e procure o seu grupo já! Una-se a nós, correndo! Vamos juntos adorar a Deus! Talvez você pense assim: “Os evangélicos também erram”. Bem, quanto a isso somos réus confessos. Mas certamente a nossa união vai nos fazer muito bem. É que, apesar de nós e você não sermos perfeitos, somos a Igreja de Cristo, pois já usufruímos do perdão dos nossos pecados, e sabemos por experiência, que diferença faz! E precisamos usufruir dessa simpatia de idéias. Isto também é bíblico (Hebreus: 10.25; Mateus 21.13; Salmos 122; 133). Mas se você pensa que a Igreja Católica é a Igreja certa, você está mais errado do que os evangélicos, e precisa se retratar. É que eles estão errados entre aspas, mas você está errado sem aspas. E o motivo você já sabe: a Igreja Católica nem igreja é; logo, não pode ser igreja errada, não é mesmo? Portanto, não compre mais gato por lebre. Torne-se um membro da Igreja de Cristo. Muitas das arapucas do diabo se fazem passar por igrejas de Cristo; mas, como Satanás não consegue esconder o rabo, é possível desvencilharmos de seus enganos.

CONCLUSÃO

       Finalizando, opino, com a sua devida permissão, o seguinte: a) Abra uma Bíblia e leia Gálatas 1. 8; b) não confie cegamente em homem algum, mas leia a Bíblia, e siga-a. Tomara que você, muito longe de se iludir, ou de continuar na ilusão, me dê o prazer de encontrá-lo no Céu! Até lá, na Paz do Senhor!
       Se você é Padre, quer sair dessa seita, mas teme ser abandonado pela Sociedade, e até pela sua família, entre em contato comigo. Já tenho lugar para você morar até se habilitar a exercer uma profissão e, por conseguinte, se automanter.
                                                                                Pastor Joel Santana